Num beijo molhado,
Gota a gota,
Pelo rosto,
Pescoço,
Fazendo curvinha no umbigo.
Afago na pele,
Deslizando,
Como dedos suaves,
Para despertar os sentidos.
Para
ver:
Vislumbrei
seus olhos apertados.
Ressaca
de um vinho ruim
Ou
a expectativa...
De
momentos cegos a me olhar
Para
ouvir:
A
cadência e o ritmo do seu sorriso.
Sua
voz que faz tanger todo um universo dentro desse corpo estranho,
Ouvi
a ferida exposta, esperando a cura.
Para
olfatar:
O
faro de animal faminto,
Procurando
saciar sua fúria,
Seus
instintos mais perfumados.
Para
tocar:
Tatear
nuvens onde desenhei você em pensamento.
Davi
de Michelangelo, vida que imita a arte.
Seu
corpo perfeito.
E
no Paladar:
Uva
madura, rubra,
Apreciei
por instantes,
O
gosto do céu da sua boca.
Todos
os sentidos,
Neste
dia claro,
Vão
me levar até você,
Razão
dos meus sorrisos dissimulados.
E.R.
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