A espreitar seus movimentos
As vezes navegam suaves
Desviando de suas pernas
Tentam tocar seus mistérios
Mas somem
Num piscar de olhos.
Depois
aparecem de novo
Arredias...
As
vezes vomitam ruídos
E
sobrevoam livres
Por
sobre as cabeças bêbadas
Felizes
com as migalhas
E restos
de depressão.
As
vezes se arrastam
E
se rasgam
Por
sobre um chão de espinhos
Ouve-se
o ranger:
Sussurros
de tirania;
Descrenças
que depreciam;
Estupros
velados;
Torturas
camufladas;
Violências
vivas,
Espiam,
Não
se afastam.
Assim,
Seguem
nos becos
Carregando
arqueadas
O
peso do mundo
Esperando um dia
Encontrar a luz.
Encontrar a luz.
Eliane Rudey
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