Desfilei sobre minhas neuras
Esmaguei minhas fobias
Tudo por uma taça de vinho tinto.
Rubra rosa
eu,
Fecho os
olhos
E ouço seus
sussurros à luz incandescente.
Conto a você
meus sonhos
E suas mãos
grandes desenham
Pequenos círculos
Em minhas
costas nuas
Ações fora
de controle
A flor e o
espinho
E mais uma
taça de vinho tinto.
Uvas:
shiraz, carmenère, merlot
Queijos
Petiscos e
olhares
E eu
Sempre
medindo com beijos
Centímetro
a centímetro do seu corpo doce.
Cumplicidades
derramadas
Em taças de
vinho forte.
Lençóis,
Toalhas,
Chamegos,
Tudo em
vermelho intenso:
Amores
líquidos por cada espaço da casa
E banhos
lentos
Intermináveis.
Beijos
queimando o olhar,
Palpitar e
admiração.
Sua poesia
sobrecarrega
Todo um universo em mim,
E mais uma
taça de vinho bom.
Declamei
corifeu do Vinícius
Você,
Augusto dos Anjos
E rimos, o
riso sem fim.
No domingo
de rasgada solidão
Lavei nossas
lembranças
Marcadas em
vermelho vivo.
Lembranças
de risos múltiplos
Rolhas
gravadas com um coração,
Guardadas no
fundo do vidro
Dos desejos proibidos.
Lavei as
taças,
e, sozinha,
senti a pele ruborizar.
Eliane Rudey
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