No meio do caminho
Algumas vezes
Me
perdi entre carinhos
Nunca
tão polidos
Me
perdi entre beijinhos
Nunca
tão falados
Me
perdi entre amassos
Nunca
tão selvagens
No
meio do caminho
Tinha
um amor antigo
Amor
perdido
Só
esperando
Pra
despertar
No
meio do caminho
Tinha
esperança
De
palavras lindas
Nos silêncios
E no palpitar
E no palpitar
No
meio do caminho
Você
se fez duro
Como
pedra
As vezes espinhos
Pra
me ferir
Questionar.
Questionar.
No
meio do caminho
Nasceu
ciuminho
Psicopata
no ar
Quis
me dominar
Eu permiti e me deixei levar.
Sou curiosa,
Quero experimentar.
Eu permiti e me deixei levar.
Sou curiosa,
Quero experimentar.
Tantas
brincadeiras
Que
jamais imaginei
Tantas
revelações secretas
Somos
cúmplices
Desse
delírio...
Mas
minha Pedra no caminho
Precisa
de um pouco de vinho
Para se soltar
Sair
da sobriedade
Rir
e fazer planos
Minha
pedra no caminho,
Me
perdoe Drummond*,
Eu
quero tropeçar.
No
meio do caminho
Também tinha soluçar,
Rochas, pedregulhos,
Também tinha soluçar,
Rochas, pedregulhos,
Arame farpado.
E
a dor foi a melhor
Que
já pude experimentar.Eliane Rudey
* Referência ao poema "No Meio do Caminho" do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade
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