Não sou essa deusa de pedra que você idolatra.
Tenho medo do que você vê em mim.
Fatalmente não sou eu.
Mais
fácil acreditar
Que
está projetando em mim
A
imagem de um amor ideal.
Perfeito!
Sempre
me diz em poesia o que te encanta.
E
eu incrédula, ignoro.
Custo
a acreditar
Que
esse tipo de sentimento me seja permitido.
Sou
comum
Do
povo
Nada
tenho de especial
Sou
real
Sua
expectativa me deixa em alerta.
Fico
só esperando a hora de você me enxergar
Do
jeito que sou mesmo...
E
partir como se nada tivesse acontecido.
Quero
abrir os olhos e pensar
Que
esse foi o melhor sonho de todos
Será
tudo fruto da nossa imaginação?
Estaremos
nós vivendo uma alucinação coletiva?
Uma
parte de mim quer parar
E
não ficar mais nesse dilema
Outra,
quer mais um encontro
Só
pra beber mais uma vez do frisson.
Será
que inventamos um novo jeito de amar?
Um
misto de Planos e distâncias,
Alegria
e ansiedade,
Prazer
e angústia.
Queria
tanto ser essa mulher que você vê.
Mas
sei que me faltam predicados:
Pernas,
braços,
Olhos
e lábios.
Eliane Rudey
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Bem vind@s, fiquem a vontade para comentar.